segunda-feira, 16 de agosto de 2010

INTRANSIGÊNCIA

Uma greve jurídica, sem negociações, que se sustenta em sentenças judiciais. Uma greve sem pauta transformadora da carreira e que lhe dê melhores perspectivas. Uma greve que não tem atos nem debates. Um ministro que não recebe os grevistas e faz greve contra a greve. Após o puxão de orelhas presidencial o ministro resolve agir, e radicaliza de vez. 

Temos visto greves em outras categorias do executivo e do judiciário, bem recentes, em que os respectivos ministros se empenham a favor de seus servidores. No nosso caso é diferente (sempre foi), os servidores são vistos como vilões dentro de sua própria casa! São um mal necessário que precisa ser tornado desnecessário! Tudo é feito para isso, desestímulo, pressão, frustração de expectativas profissionais, controles rígidos, projetos de lei. Vejamos até onde eles resistirão.

Interlocução externa para mediar conflito poderia ser até interessante, mas como, se não há conversa entre os interessados? Tá certo, é difícil o diálogo, pois são dois egos enormes, mas convocar interlocutor para substituir aquele com que não se quer sentar? Isso não sinaliza interesse em solucionar conflito, mas de desqualificar o interlocutor que é responsável pela greve. 

Um ministro a serviço de uma central sindical que quer ver os peritos mortos e salgados pode resolver um conflito com independência? O presidente de uma federação de médicos filiado à mesma central sindical seria isento para substituir os negociadores de forma impositiva a partir de convite do ministro?

São questões que o momento suscita e o desenrolar dos fatos responderá.

7 comentários:

  1. Era uma vez um Argollo que detestava um Gabas, que odiava todos os peritos, que não eram representados pelo Cid da FENAM, que todavia sentou-se na mesa com um tal de Simão, amigo do tal Gabas e decidou tudo pelos peritos, sem os consultar...

    Triste sina desta carreira pericial...

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  2. A quatão é a seguinte: o que o CID resolver vale de que? Quam vai obrigar os grevistas a retornar? Como vai consultar a classe pra saber se aceita a contra-prposta???Que confusão...Que sinuca de bico!!!

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  3. Amigos peritos,

    Fomos vendidos neste conluio da FENAM com o INSS, Cid nem perito é, não sabe das nossas agruras e sofrimentos, então carece de legitimidade moral esta intromissão da FENAM junto ao movimento paredista dos peritos.
    Ademais, apesar de não gostar da atual direção da ANMP, ela sim é nossa representante moral, mesmo que nos represente por ora muito porcamente, não abro mão de ser por ela representado.
    Os peritos não podem aceitar os acordões de bastidores entre FENAM e INSS, isto é o fim do mundo!

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  4. Quem é este Cid? Este sujeito aparece não sei de onde e vem negociar em nome de nós, peritos?
    Que conversa é esta? Nem perito este cidadão é.
    Fico 6 meses, 1 ano de greve mas não vou aceitar decisão de gabinete de Ministro, de forma alguma. Minha paciência com esta situação toda chegou ao limite e este Carlos Gabas me parece estar brincando com a gente.
    Olha, e eu vi uma história de fazer mutirão de atendimento de noite, fim-de-semana...este tal de Cid está de brincadeira com mais de 5.000 peritos, deve haver um equívoco na fala do sujeito, só pode ser isso.
    No mais, quero que esta FENAM se exploda, o Cid pode representar a mãe dele, aos peritos jamais!

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  5. O Cid Carvalhães pode resolver e acordar o que quiser com o INSS, fazer churrasco com o Simão, jogar futebol com o Gabas, só que a peritada não volta se não atenderem nossas demandas, não há FENAM no mundo que tenha força para isto, podem tirar o cavalinho da chuva.
    É uma piada de mau gosto este encontro FENAM e INSS. Não têm legitimidade nenhuma de nada, para o o bem ou para o mal é a ANMP quem nos representa, é fato.

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  6. Se os peritos abaixarem a cabeça para o acordo FENAM-INSS a cangalha vai encaixar de vez e perderemos o último sopro de dignidade em nossas narinas, seremos o escárnio de toda classe médica.

    Dignidade já, fora FENAM!

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