sábado, 21 de agosto de 2010

Preocupante é pouco

A situação de impasse é crítica. Olha, qual o problema de o ministro ser contador (nem sei se é) ou de ser de Araraquara? Quem publica site oficial com fotomontagem de ministro não está pensando em negociar com ele. Investir tudo contra um adversário é esquecer da perspectiva histórica e sacrificar o futuro, como fez o general Pirro que os colegas tanto gostam de citar. Por outro lado, o ministro fechar-se em copas, buscar um interlocutor ilegítimo (ainda que possivelmente legal) e engendrar o esvaziamento (ou aniquilamento?) de uma carreira importante, conquista da democracia e de seu governo, também é muita munição, muito ônus social para derrotar um só homem que vê como desafeto.

Vamos à perspectiva histórica: A carreira de perito médico previdenciário surgiu da necessidade social de se ter avaliações justas e técnicas na previdência social, que é uma conquista da civilização, direito constitucional que precisa ter seus mecanismos sempre aperfeiçoados. A reforma foi difícil, houve resistências e luta; a implantação causou 2 mortes, mas a democracia e as instituições venceram. A disputa seguinte foi mais silenciosa, desapercebida, mas renitente. É evidente que haviam interessados no modelo anterior e que não se dariam por vencidos, principalmente quando organizados em sindicatos poderosos e com voz dentro do governo, além das resistências internas de carreiras em disputa, como os filhos pequenos brigando pela janela. A carreira precisando evoluir e estas forças bloqueando, foi o que se viu nos últimos poucos anos.

Faço um apelo para que os homens responsáveis retomem a perspectiva histórica, mirem-se nos grandes estadistas e portem-se como tais. A previdência social brasileira merece um quadro de servidores e uma estrutura à altura da sua grandiosidade política, social e econômica. Reduzir a questão a carga horária de peritos é muito pouco! Precisamos todos, governo, sociedade e peritos, que esses julgadores de direitos (os peritos) sejam cada vez mais vistos como preparados, equilibrados, justos e isentos e toda mudança na carreira deve ter este objetivo. É hora de dirigentes magnânimos, senhores! Chega de baixaria.

5 comentários:

  1. Exatamente EH.Chega de baixaria. A diretoria da ANMP tem que ser superior a tudo isso. Tem que deixar as brigas pessoais de lado , esquecer o orgulho e tentar achar uma saída para nossa situação.Isso é facil? DE forma alguma.Não é mesmo.Mas se o Argollo não conseguir fazer isso vai dar mais uma prova de que não tem preparo emocional para ocupar o cargo dde líder que ocupa.Líderes tem que dar o exemplo. Líderes de verdade se sacrificam pelos seus...Estão a frente do exército e não atrás...É o ˆnus que acompanha o cargo.Faça sua parte ARgollo,é o que 5.400 peritos esperam de voce!!!!!

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  2. Parece que AGE de hoje, 26/08, deixou patente o caráter traíra da ANMP.

    Depois desta é meu "end point" nesta carreira de merda, até o fim do ano estou saindo fora deste inferno chamado INSS e sua falta de senso.

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  3. Esta carreira morreu. Quem "deu o corpo" aos abutres gestores do INSS foi a "excepcional" ANMP, que agora, depois de destronada pela FENAM nem mais tem razão de existir, não é sindicato, funciona agora com clube rico de uma carreira moribunda, comatosa.
    Quem permanecer pagando mensalidade à ela, idiota será!
    A ANMP foi co-protagonista do fim dos peritos.
    Fiquei sabendo da lambança da AGE de ontem e estou enojado com tudo, também não só eu mas diversos colegas peritos sérios, que não querem enterrar suas carreiras médicas neste INSS, já pensamos abertamente em abandonar a autarquia.
    Saio do INSS também dentro de alguns meses, os terceirizados (famosos credenciados), que tinham acabado em 2006, voltarão agora com força total, o Gabas já deu a entender que semana que vem recomeça a recontratação do pessoal.É o retrocesso mais indecente que já...
    É o fim mais do que triste de uma carreira que tinha tudo para dar certo e simplesmente não prosperou. Antes, andou para trás, retrocedeu...
    A carreira foi capturada por um grupo de dirigentes associativos sem visão, amadores e arrogantes que conduziram a carreira a um desastre institucional atrás do outro,seguidamente, desde as negociações de 2008. Só derrotas e pautas sem sentido e amadoras, sem qualquer relevância para o futuro.
    Todas as carreiras do Executivo federal prosperaram a partir de 2008, a carreira dos peritos andou para trás, encolheu e hoje é uma sombra morta do que um dia pretendeu ser.
    O meu desabafo é o de centenas de peritos, creio eu, que um dia acreditaram numa carreira de Estado, forte, autônoma e próspera. Isso, hoje, é só uma lembrança perdida no passado.
    Parabéns à ANMP, ao governo sindicalista e aos inimigos declarados e velados da perícia médica que, agora, devem estar dando boas gargalhadas nos seus gabinetes com ar condicionado.
    Pobre previdência pública, pobre país, triste sina de retrocesso e insistência burra nos mesmos erros do passado.
    Fim de um sonho...

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  4. Amigos, eu acho que ninguém pode ser dono da ANMP a ponto de fazer um desatino destes, estes delegados da ANMP são muito folgados, a maioria deve ser chefe de SST ou sei lá o quê.
    Prá que se importar com a massa dos peritos e com a carreira, deve ser gente antiga que vai se aposentar em poucos anos e quer manter as coisas como estão e então que se lasque o grosso da categoria.
    A coisa como ficou está pior, acho que tá muito ruim mesmo, tá péssimo, a gente ainda começa a ficar sem esperança com relação a esta carreira, o certo é que vou me desfiliar desta ANMP ainda este mês, prá mim deu o que não tinha que dar.
    Lançam a gente nesta greve e saímos pior do que antes, só a ANMP prá fazer uma coisa destas.

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