Inauguramos 2013 com as mesmas angústias de todos os anos. Não vemos saída porque não há boa vontade nem planejamento estratégico onde há poder para fazer mudar. A moda da hora é reabilitar a reabilitação. O ministro da Previdência anuncia reabilitação até de aposentados! A associação de biriba que representa os peritos que farão as reabilitações aposta no mesmo discurso para ficar simpática e bem na foto.
Vale perguntar se o INSS/MPS fazem parte do Estado. Sim, porque, pensando o Estado como um todo, a habilitação seria uma prioridade maior que a reabilitação. É na educação, ou falta dela, que reside o maior gargalo ao nosso desenvolvimento como Nação. Falta força de trabalho qualificada, queixam-se o tempo todo os empresários. O Estado que pouco investe na qualificação de seus cidadãos se propõe a requalificar estes mesmos cidadãos, inclusive os aposentados? Como re-ensinar quem não foi ensinado? O INSS formar trabalhadores é um desvio de sua função constitucional, já que existem outras entidades vocacionadas e criadas para isso. O MEC deve ser o órgão federal responsável pela formação de nossos jovens, ou estou delirando? Relembremos a missão do INSS: amparar através de benefícios pecuniários os trabalhadores impedidos de auferir a própria renda em razão de maternidade, reclusão, idade avançada ou doença incapacitante. O SUS cuida da saúde, o MTE da inspeção do trabalho e assim por diante. A definição clara de papéis e responsabilidades deveria ser a meta de qualquer governo, não a transferência de responsabilidade dos órgãos que menos funcionam para o que melhor funciona (é verdade, entre o citados o INSS é o melhor), comprometendo sua função original. Ênfase na reabilitação, desconsiderando a realidade e o desejo dos segurados, dos sindicatos, dos empregadores que querem é a aposentadoria por invalidez não passa de tró-ló-ló politiqueiro.
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