e-mail que não mandei ao Ministro Pimentel

23.10.09 Prezado Ministro Pimentel,

Escrevo-lhe para assegurar-lhe que nem toda critica emanada de representantes da categoria médica do INSS corresponde ao que pensa a categoria representada. Efetivamente isso pode acontecer com qualquer entidade representativa. Faço referência ao vídeo da TV Senado em que, a meu ver, não houve qualquer ofensa aos servidores peritos médicos, ao contrário. Houve, sim, equívocos quanto à história da perícia médica na instituição e ao evento de abril/2009, que considero, ao ser referido como “nosso evento”, lisonjeia a classe médica, honrada com vossa presença.

Permito-me discordar da referência à entrega domiciliar “do resultado da Perícia” quando, de fato, o que se entrega é o resultado do requerimento. São discordâncias que, entretanto, não parecem relevantes a ponto de se pedir retratação. Há muito que fazer pela perícia médica previdenciária e é justo reivindicar melhores condições de trabalho e remuneração, inclusive, se necessário, recorrendo a expediente de greve, entretanto há que se ser grato quando um Ministro de Estado se inclui ao referir-se aos servidores médicos.

Uma classe não pode guerrear com seus ministros e contra-atacar mesmo que não tenha havido ataque; tem, sim, que argumentar e convencer sobre pontos que realmente interessam, como autonomia técnica e administrativa, remuneração por subsídios, carga de trabalho e jornada compatíveis. Para o referido convencimento deve contar com apoio de seus integrantes e se articular com a sociedade civil, como venho repetindo há tempos. Não somos inimigos do Ministro e não podemos adotar posturas infantis nem jogar para a torcida. Há que ser objetivo e elegante, sempre.

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