sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Gosto do Rubens Barrichello


Este fim-de-semana acaba o campeonato 2009 da F1. O esporte, como sabemos, imita a vida e a vida pode ser cruel com os que elege perdedores, quando não o são. O Rubens não é Rubinho, é um atleta dedicado, competente e que foi capaz de se manter na elite do seu métier por tantos anos. Muitos passaram, o Rubens ficou.

Hoje escolhi esse jovem senhor para comentar pois me solidarizo com os injustiçados, sem pieguismo nem pena. O Rubens não é digno de pena, ao contrário, é um profissional e pai de família exemplar!

No futebol, o gol não é um detalhe, como disse Carlos Alberto Parreira antes da copa de 2004. Talvez sua frase tenha sido mal interpretada, como se outras características do futebol fossem tão ou mais importantes do que o placar e o gol. Creio que se referia aos muitos requisitos que fazem parte da receita que culmina em um gol. Bom, mas que levou uma saraivada de críticas, levou. Foram justas? Não sei... Evito aderir a críticas no chamado efeito manada, embora não tenha nenhuma simpatia pelo Parreira.

Fórmula 1 é um esporte diferente do futebol e me parece que supera este no jogo de bastidores. Fórmula 1 é mais sofisticada e tem muito mais detalhes. As disputas são milimétricas e o caráter é exigido ao limite. Não surpreende que manobras sujas sejam aplicadas entre companheiros de equipe que mal se cumprimentam! Os campeões que assisti após a era Fitipaldi tinham em comum a capacidade de trapacear para ganhar uma corrida e o campeonato, mas o Rubens não. Não põe o dinheiro em primeiríssimo plano, não calunia, não bajula.

Rubens não é um homem que vende a mãe para ser vencedor aos olhos do público; prefere ser vencedor aos olhos da consciência e, nesta linha ética de ação, é respeitado e admirado no meio como um grande vencedor.
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