Cachorro tem essa mania engraçada de correr atrás do próprio rabo. Parece maluquice, mas pode ter algum propósito que desconheçamos. Tem mais gente (pois lembrem-se do ministro da Previdência, um tal de Magri, que falou que cachorro também era ser humano) que gosta de correr atrás do próprio rabo e essas têm mesmo objetivos, inconfessáveis, mas têm.
Tem gente que gosta de fila e não é por sadismo, é por interesse político. Se não tiver fila não tem como fazer o favor político e o cargo de chefe foi favor de político que precisa ser retribuído. Mas aí vêm uns caras e acabam com a fila, que afronta!
Nada como um dia após o outro, um pouco de paciência até chegar o momento propício: categoria fraca, ano eleitoral, certos sindicatos interessados no quanto-pior-melhor. Foi só alterar uma norma de sistema e a fila voltou com força. Para parecerem sérios, chamaram os caça-fila e propõem a eles fazerem mutirões porque se não o salário deles cai. E tem aqueles que topam!
Se para o ex-ministro da Previdência cachorro também é ser humano, por que não dizer que, na Previdência, ser humano também é cachorro e, como tal, tem o dever ontológico de correr atrás do rabo? (1049)
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