quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Cultura da fila




Cachorro tem essa mania engraçada de correr atrás do próprio rabo. Parece maluquice, mas pode ter algum propósito que desconheçamos. Tem mais gente (pois lembrem-se do ministro da Previdência, um tal de Magri, que falou que cachorro também era ser humano) que gosta de correr atrás do próprio rabo e essas têm mesmo objetivos, inconfessáveis, mas têm.
Tem gente que gosta de fila e não é por sadismo, é por interesse político. Se não tiver fila não tem como fazer o favor político e o cargo de chefe foi favor de político que precisa ser retribuído. Mas aí vêm uns caras e acabam com a fila, que afronta!
Nada como um dia após o outro, um pouco de paciência até chegar o momento propício: categoria fraca, ano eleitoral, certos sindicatos interessados no quanto-pior-melhor. Foi só alterar uma norma de sistema e a fila voltou com força. Para parecerem sérios, chamaram os caça-fila e propõem a eles fazerem mutirões porque se não o salário deles cai. E tem aqueles que topam!
Se para o ex-ministro da Previdência cachorro também é ser humano, por que não dizer que, na Previdência, ser humano também é cachorro e, como tal, tem o dever ontológico de correr atrás do rabo? (1049)

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