Motoristas de ônibus em Belo Horizonte iniciaram ontem greve por melhores salários e pararam a cidade no primeiro dia. A justiça determinou multa diária de 300 mil reais, mas o movimento prossegue forte no dia de hoje. Greve é o ápice do confronto negocial e não permite que se alegue medo de ser preso ou retaliado. Recuo, só se a categoria determinar, e pagar a multa determinada pela justiça é alternativa que os sindicatos combativos levam em consideração sempre. Greve deliberada por assembleia tem que ser assumida por dirigentes democráticos, claro.
Em 2008, mesmo com a força contrária dos seus representantes, os peritos médicos previdenciários, ludibriados por uma negociação de gabinetes (da qual as bases não tiveram participação efetiva), deliberaram por uma greve mínima, homeopática: um dia por semana, votada em AGE realizada dia 09 de setembro de 2008. A paralisação aconteceu dia 17 do mesmo mês e foi só. Sem autorização da assembleia, a direção suspendeu o movimento por ter sido condenada* a pagar 50 mil reais por dia paralisado, uma ninharia diante do poderio econômico da entidade de classe. O fiasco só serviu para cassar, sem nenhuma oportunidade de defesa, o único diretor que não apoiou o fim da greve e incomodava o autoritarismo reinante.
A próxima greve será através dos florais de Bach?
*a justiça entendeu que a greve fora deflagrada com AGE realizada em prazo inferior ao próprio estatuto da entidade, uma falha primária?
PS: Dificilmente uma greve sob a liderança monárquica que havia e que insistia em sua autocracia poderia ter sido vitoriosa, é fato a ressalvar. Encenar disposição de greve e recuar apoiado no "jurídico" e atribuindo as culpas da falta de fôlego e de apoio a outrem, foi o que se fez.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
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