A cidade chove, está cheia de lama de obras públicas; todas as lamas. Mesmo assim faz calor. Há quem se sinta no seu elemento. Os gerentes do INSS, todos os 100, estão lá, onde participam de treinamento Amana-Key que, de hábito, eleva a percepção e a postura de quem, como eu, o faz. Dois diferentes participantes ficaram estarrecidos com que se ouviu lá de uma autoridade que, em tom de linchamento, bradava que era hora de enquadrar esses médicos, que terão que cumprir 8 horas! Recebeu efusivos aplausos.
Não me conformo em ver questão de tal relevância estratégica, econômica e social ser reduzida desta forma! O pior é que por ambas as partes! Falei ao Dr Cézar que não se resolverá o conflito instalado a partir de um detalhe secundário (embora importante) que precisa ser evitado para, na construção de um novo projeto, ser devidamente equacionado. A estratégia tropa-de-choque-do-BOPE não é capaz de resolver nada, mas pode ser essa mesma a intenção, uma vez que há uma série de propostas catastróficas em pauta interna no INSS.
Enquanto isso, a guerra de agressões prossegue, a associação de médicos dirigida por advogados (são eles que dão as cartas) prossegue redigindo ofícios e ajuizando a esmo, sem foco, sem proposta, sem bandeira definida, mudando-a a todo instante. Vitórias judiciais não suplantam as derrotas políticas, mas assim não pensam os dirigentes e, em verdade, grande parte dos peritos médicos que sempre pressionaram nessa estratégia que transfere a luta (deles) para uma situação confortável e passiva.
Colega leitor desse blog, não se avexe, coisas piores virão.
Chamou-me a atenção a resposta do diretor de atendimento a um juíz que indagou sobre a existência de um mapeamento de demanda no INSS orientador do dimensionamento da rede de atendimento. A resposta foi “não, mas estamos começando a fazer isso agora".
Avalio o encontro e a iniciativa como essenciais para que as instituições se conheçam e se falem livre e abertamente, exponham seus pontos de vista sobre questões de interpretação conflitante, meio caminho para soluções.
As centrais sindicais, devidamente representadas pela república de araçatuba, querem tomar conta de mais este cofre. E a perícia é o óbice.É isto mesmo?
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