terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Chamamento que vem de Natal

Mensagem enviada pelo colega Heltron Xavier, inconformado com a passividade e comemoração de qualquer migalha como vitória por parte da falecida. Segue o seu chamamento:

A VITÓRIA RESPONDE AO CHAMADO DOS HOMENS


Não é fácil ter paciência diante dos que têm excesso de paciência.”
Carlos Drummond de Andrade

Colegas,
É verdade que o tempo abre as portas para quem sabe esperar com grandes vitórias e conquistas, mas não estaríamos sonhando acordados nas trincheiras da esperança e perdendo a oportunidade de acertar o inimigo? Lembremos que o destino não ajuda aos que desprezam o seu momento e, para estes, a oportunidade desaparece com mais rapidez. Já estamos todos profligados e abatidos pelo pacifismo voluntário, quase religioso. Gandhi ficaria orgulhoso por estarmos quase seguindo a risca o uso da “ahimsa” - A manifestação revolucionária de não revidar com uso da violência. Não está sendo fácil oferecer a outra face. Não esta sendo fácil ser perito do INSS.
Três meses de crueldades. Acordar e perguntar: Qual será a nova de hoje? Ponto eletrônico, horário expandido, roubo de salário e progressão funcional, propaganda enganosa, censuras de entrevistas à impressa, roubo de ganhos judiciais, assédio moral, insegurança e roubo de insalubridade. A lista de desfavores é tanta que os nazistas sentiriam inveja. O INSS conseguiu calar toda possibilidade de diplomacia. Eles nos acusam inadvertidamente de todos os males da instituição. Escondem covardemente sua incompetência administrativa sob nossa luta. Na administração vale a frase: Ser perito, é ser problema. Assistindo de um ângulo exterior, estamos sendo enterrados passivamente calados e vivos. E agora, quem ajudará o filho da viúva?

Quanto ao movimento de excelência pericial. É verdade não tem revide jurídico. É simples, ético, justo e legítimo. De caráter não é reivindicatório como inclusive o poder judiciário reconhece. Este representa a aplicação do que é direito do médico de sempre e não uma forma de lutar contra o regime autoritário e suas crueldade. E de que outro modo estamos lutando? Com martírio? Com nossos gritos e lágrimas? Com nossos corpos agredidos e nossas almas torturadas? Apostando na diplomacia? “A diplomacia sem as armas é como a música sem os instrumentos” - Otto Von Bismarck.

A ANMP fica falando sobre desunião e conflitos de 2% dos associados no fórum perdendo tempo precioso. Preocupada em manter a ordem expulsando colegas naturalmente tensos e ansiosos com sua inabilidade de reagir e se conduzir. Ora, uma associação em que todos os presentes estão absulutamente de acordo, é uma associação perdida. Precisamos de algum modo reagir com força e coragem de maneira rápida. Já que o movimento não tem caráter paredista e temos dezenas de motivos. Se a desgraça é o que une os homens, a nossa hora é agora.

Voltei a defender novamente a greve. Greve por uma questão de dignidade e amor próprio. A vitória não vem por si, responde ao chamados dos homens.

Heltron Israel
Natal, 29/12/2009

Permito-me discordar apenas da imputação ao INSS de "calar toda possibilidade de diplomacia", mas , de fato, eles nos imputam, injustamente, todos os males da instituição como escreveu o Dr.Heltron. A reação do INSS é inadequada, mas resulta de uma negociação mal conduzida pela falecida (como diz o amigo Guima), que apostou todas as fichas no INSS e negligenciou a indispensável rede de apoios, principalmente da própria categoria!
Nossa negociação não é com o INSS, é com o Governo, o que inclui, também o Ministério da Previdência, Planejamento, Casa Civil e o Legislativo. É preciso ter outra representação, composta de peritos jovens e não desgastados por outros embates, capaz de negociar com o governo; esta que aí está não tem a menor condição, principalmente de conduzir uma greve, como sugere o Dr Heltron. Aliás, ela jamais assumiria uma greve, já tendo declarado, através de um de seus diretores, que tem "medo de ser preso".

2 comentários:

  1. Caro Heltron, parabéns pela capacidade de indignação, escasa em muitos, sobretudo nos membros da corte argolana. Sinceramente, estou muito pessimista quanto ao nosso futuro, caso não utilizemos da nossa força associativa para removermos o entulho autoritário que hoje domina a ANMP. Beiramos a desonra e o " supremo presidente" se considera o dono de nossa associação. Tudo determina sob as barbas daqueles que o serve como cordeiros subservientes, membros do clube TAM, sem a mínima contestação. Mas nenhuma legitimidade apresenta o presidente perante a maioria dos "mortais" da perícia. O descrédito é total. O Argolo está está entre a cruz e a espada e não tem como reagir. Em outros tempos, já teria assentado com a diretoria do INSS em outro daquels acordos " de bastidores" e oferecido a categoria em sacrifício.Mas hoje, não consegue mais "operar" seus métodos, já que a capacidade de decidir não lhe cabe. Não pode mais afagar os patrões tentando nos retirar do movimento, pois sabe que nisso não será atendido. O nosso presidente, neste momento, não passa de uma rainha Elizabeth, quando no muito: acha que tem poder. Ô coitado!

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  2. SEM ARMAS NÃO HÁ DIPLOMACIA
    Bismark.

    Ainda hei de aprender a comentar nesse blog.
    JAArmenio

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